“Não é preciso esperar para agir. Quando falamos de desenvolvimento infantil, quanto mais cedo, melhor.”
Todos os pais querem o melhor para os seus filhos — que cresçam saudáveis, felizes e com todas as oportunidades para se desenvolverem plenamente. Mas e quando há sinais de que algo pode não estar a correr como o esperado? A boa notícia é que existe um caminho eficaz, comprovado e cada vez mais valorizado: a Intervenção Precoce no Desenvolvimento.
O que é a Intervenção Precoce?
A Intervenção Precoce é um conjunto de estratégias terapêuticas, educativas e clínicas que visa prevenir, minimizar ou superar dificuldades no desenvolvimento de crianças entre os 0 e os 6 anos de idade. Estas dificuldades podem estar relacionadas com a linguagem, a motricidade, a socialização, o comportamento, entre outros domínios.
Mais do que uma resposta a um diagnóstico, a Intervenção Precoce é uma oportunidade de potenciar as capacidades da criança e de envolver a família num percurso de crescimento conjunto.
Por que intervir cedo é essencial?
Nos primeiros anos de vida, o cérebro infantil tem uma plasticidade única. Isto significa que está mais apto a aprender, adaptar-se e responder positivamente a estímulos. Quando identificamos precocemente sinais de alerta — e quando intervimos de forma adequada — aumentamos significativamente as hipóteses de sucesso no desenvolvimento da criança.
“Esperar para ver” pode parecer uma atitude segura, mas frequentemente é uma oportunidade perdida.
Benefícios da Intervenção Precoce
- ✅ Melhora o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional
- ✅ Previne o agravamento de dificuldades futuras
- ✅ Promove a autonomia e a qualidade de vida
- ✅ Apoia os pais e fortalece as relações familiares
- ✅ Facilita a inclusão em contextos escolares e sociais
Numerosos estudos científicos mostram que crianças que recebem intervenção precoce têm melhores resultados em várias áreas do desenvolvimento, incluindo linguagem, motricidade, cognição e comportamento.
Quando procurar ajuda?
Nem sempre é fácil perceber quando algo está fora do esperado. Eis alguns sinais que podem justificar uma avaliação:
- Atrasos nos marcos de desenvolvimento como sentar, andar, falar
- Dificuldade em manter contacto visual ou responder à chamada do nome
- Pouco interesse em brincar com outras crianças ou de forma geral com o outro
- Dificuldades na alimentação ou no sono
- Comportamentos repetitivos ou respostas incomuns a estímulos
- Reações exageradas a mudanças de rotina
Se tem dúvidas, o melhor passo é procurar uma equipa especializada — quanto mais cedo for feita uma avaliação, mais eficaz poderá ser a intervenção.
A Intervenção na Criar: onde a mudança começa
Na Criar, acreditamos que cada criança tem o direito a crescer com as melhores oportunidades de desenvolvimento — e que cada família merece ser orientada com empatia, ciência e compromisso.
Trabalhamos com uma equipa multidisciplinar composta por:
- Psicólogos clinicos
- Pedopsiquiatras
- Terapeutas da Fala
- Terapeutas Ocupacionais
Cada plano de intervenção é individualizado e construído com a família, promovendo o envolvimento ativo dos cuidadores em todo o processo. A nossa abordagem é centrada na criança, mas integrada no contexto familiar, escolar e social — porque acreditamos que é no ambiente natural que o desenvolvimento se torna real.
Um investimento no futuro
Intervir precocemente não é alarmismo — é prevenção, é cuidado, é amor em ação. Dar este passo pode mudar o percurso de vida de uma criança.
Se suspeita que o seu filho pode estar a precisar de apoio, não espere. A decisão de agir agora pode fazer toda a diferença amanhã.
Na Criar, estamos preparados para caminhar consigo. Porque o melhor futuro começa hoje.
Referências Bibliográficas
(Todas as ideias e dados aqui apresentados foram reescritos de forma original e comunicativa, com base em fontes científicas reconhecidas.)
- Guralnick, M. J. (2011). Why early intervention works: A systems perspective. Infants & Young Children, 24(1), 6-28.
- Zwaigenbaum, L., Bauman, M. L., Choueiri, R., et al. (2015). Early intervention for children with autism spectrum disorder under 3 years of age: Recommendations for practice and research. Pediatrics, 136(Supplement 1), S60–S81.
- Spittle, A., Orton, J., Anderson, P. J., Boyd, R., & Doyle, L. W. (2015). Early developmental intervention programmes post-hospital discharge to prevent motor and cognitive impairment in preterm infants. Cochrane Database of Systematic Reviews, (11).
- Correia, N., & Serrano, A. M. (2019). Intervenção precoce: um direito das crianças e das famílias. In Atas do Congresso Internacional de Educação, Desenvolvimento e Humanidades (pp. 220-230). Universidade de Coimbra.
- Ministério da Educação e da Saúde (Portugal) (2009). Manual de Apoio à Implementação do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI). Lisboa.