Terapia
da Fala

Através da análise detalhada da comunicação, da linguagem e da fala – o Terapeuta da Fala compreende a forma como cada pessoa comunica com o meio envolvente e orienta-a e às famílias, para uma estimulação específica das suas necessidades individuais (criança/jovem/adulto).

A Terapia da Fala atua ao nível da avaliação, diagnóstico e intervenção nas perturbações relacionadas com a comunicação humana, englobando todos os processos associados à compreensão e produção de linguagem oral e escrita, assim como a adequação da comunicação não-verbal.

A capacidade de comunicar é uma das características fundamentais para o desenvolvimento e integração do ser humano em sociedade. Compete ao terapeuta da fala compreender o funcionamento comunicativo da pessoa, nos diferentes contextos e com os diferentes interlocutores.

As competências comunicativas assumem diversas formas desde os primeiros meses de vida, com uma maturação cada vez mais rica e complexa. O bebé passa de formas comunicativas básicas, como o choro e o riso, até chegar ao desenvolvimento mais fino e complexo, como a expressão através da fala. O trabalho no âmbito do desenvolvimento da comunicação incide na estimulação de competências como a atenção conjunta, utilização do apontar e estabelecimento de turnos comunicativos, para cumprir uma diversidade de funções comunicativas.

A Terapia da Fala atua ao nível da avaliação, diagnóstico e intervenção nas perturbações relacionadas com a comunicação humana, englobando todos os processos associados à compreensão e produção de linguagem oral e escrita, assim como a adequação da comunicação não-verbal.

O Terapeuta da Fala deve ser capaz de identificar e analisar o que a criança faz e como faz para comunicar com o outro, para estabelecer uma linha de trabalho partilhado com a família. O desenvolvimento da linguagem apresenta-se como outra das principais áreas de trabalho do terapeuta da fala. É uma área que apresenta um enorme exponencial de evolução na infância e consiste na capacidade de passar da manipulação dos objetos para a capacidade de pensar e falar sobre eles na sua ausência (representação simbólica).

Compete também ao terapeuta da fala avaliar e intervir no âmbito das dificuldades de fala, nomeadamente nas áreas da voz, articulação verbal e fluência (gaguez).
Será através da compreensão das rotinas diárias e do jogo que serão potenciadas competências comunicativas e de linguagem, que permitirão à pessoa uma maior funcionalidade e inclusão nos diferentes contextos frequentados.

A Terapia da Fala
em Equipa Multidisciplinar

Na Consulta Especializada em Atraso de Desenvolvimento e Perturbações do Espetro do Autismo, através da terapia da fala, promove-se a avaliação da comunicação e linguagem para delinear o plano de intervenção e atuar o mais precocemente possível. no âmbito da equipa multidisciplinar o terapeuta da fala atua ao nível da intervenção precoce, na idade escolar ou na idade adulta, avaliando as necessidades da pessoa e da família, desenvolvendo e implementando um programa terapêutico individualizado de forma a promover todo o seu potencial de desenvolvimento. Esta consulta rege-se pelo princípio do desenvolvimento ao longo do ciclo vital, ajusta-se por isso à especificidade do período da vida da pessoa, oferecendo um conjunto de respostas individualizadas para favorecer o bem-estar emocional e cognitivo e promover a adaptação social, escolar, profissional e ocupacional.

A Consulta de Dificuldades de Alimentação é orientada por uma equipa multidisciplinar (terapeuta da fala, psicólogo, terapeuta ocupacional), que executa uma recolha exaustiva de informações sobre a criança, os seus hábitos alimentares, rotinas da família e aspetos culturais para compreender a problemática existente. Simultaneamente com recurso a diferentes alimentos e estímulos orais específicos, é possível uma avaliação minuciosa do seu perfil alimentar. É notório que a preocupação com a alimentação das crianças está a aumentar principalmente naquelas que apresentam perturbação de desenvolvimento associada. As dificuldades passam por recusa alimentar, seletividade alimentar (gosto ou aversão por texturas, cores, cheiros, temperaturas ou marcas de alimentos) e ingestão de apenas um tipo de alimento que afetam diretamente o estado nutricional, crescimento e aumento de peso da criança. No entanto, torna-se importante estar atento também às competências oro-motoras que se desenvolvem desde o nascimento quando a criança é amamentada até que adquire padrões de deglutição maduros. Após uma cuidada análise dos dados recolhidos nos diferentes contextos é realizado um plano de intervenção de acordo com as necessidades da criança e da família. Esta intervenção é alargada, para além do contexto clínico, aos diversos contexto de vida da criança.